Cobertura do 8 de Março

Esse foi o primeiro texto que fizemos para nosso boletim, como parte da nossa cobertura do Dia Internacional da Mulher. Para receber nosso boletim quinzenal é só anotar seu email ou de sua entidade no espaço para "comentários".

O grito de silêncio deve ser ouvido e lido
O dia 8 de março não pode ser considerado como um dia qualquer. É um dia que marca a história das mulheres que lutam há muito tempo pela realização de seus direitos. Que nos faz lembrar as conquistas, derrotas e lutas das mulheres, mas que acima de tudo, aumenta o desejo de uma vida melhor e de oportunidades iguais para todas e todos.

O Dia Internacional da Mulher não é apenas para dar ou receber presentes. Cansadas de serem tratadas com tamanho preconceito, as mulheres do Espírito Santo foram äs ruas no Centro de Vitória para protestar e reivindicar seus direitos. “O 8 de março para nós dos movimentos sociais é um dia para reafirmarmos a importância de estarmos na luta , onde a gente aproveita para vir às ruas. É uma prova de que, cada vez mais, nós mulheres podemos nos organizar para exigir os nossos direitos”, afirma Joselma Pereira da Direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do ES, o MST.

A marcha desse ano teve como tema “O Grito das Mulheres pela Promoção da Vida; Pelo fim da Violência, pelos Territórios Indígenas, Quilombolas, Camponeses e por Justiça Sócio-Ambiental”. Além desses temas, a marcha contou com manifestações contra a vinda de Bush ao Brasil, mostrou um pouco da cultura de todas essas mulheres através da arte e da música, e juntou mulheres, crianças e homens que lutam por um mesmo ideal: Igualdade de Direitos.

Isaias Santana, presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos e do Fórum Estadual de Entidades Negras, estava lá e mostrou a sua opinião sobre a passeata: “Essa marcha é muito importante porque reúne as mulheres urbanas, mulheres do campo, as quilombolas e as indígenas e tem ainda o apoio do movimento estudantil e sindical, dos partidos e das entidades dos direitos humanos. É um movimento que extrapolou a questão comemorativa. É um ato de reivindicação um ato que se cobra políticas publicas dos governos”.

Isso nos mostra que foi uma passeata linda, pois mostrou a diversidade do nosso país, mas infelizmente mostrou também que temos falhas que precisam ser urgentemente concertadas, como a pouca importância que os nosso Governantes dão a nós mulheres, agindo como se fossemos apenas objetos e não como ser humanos, que tem Deveres mas acima de tudo Direito de exigir maior atenção pela nossas reivindicações e a falta de igualdade entre mulheres e homens.